
Há quatro categorias de mistérios do terço rezados em dias específicos. São eles:
- Gozosos de segunda e sábado,
- Dolorosos de terça e sexta,
- Gloriosos na quarta e domingo,
- Luminosos na quinta feira.
Abaixo há a tabela com cada mistério. Recomendo que anote numa folha separada ou imprima a tabela para sempre se recordar. Com o tempo o mistério virá a mente automaticamente, mas no começo é bom ler e relembrar.

Se notar bem, dos mistérios gozosos aos gloriosos temos a vida de Jesus do nascimento a morte, além de sua ascensão, descida do Espírito Santo e a ascensão de Maria.
Portanto, quando nos propomos a meditar nos mistérios, estamos, em verdade, refazendo mentalmente os passos de Cristo e os de sua divina Mãe.
Já os mistérios luminosos foram os últimos a serem incorporados. Foram trazidos recentemente pelo Papa João Paulo II e traz mais cinco pontos importantes de meditação.
Sobre a Prática dos mistérios:
É bem simples. Em cada trecho de 5 “Ave Marias”, medita-se em um mistério. Como o terço tem cinco trechos de 10 “Ave Marias” cada, então são cinco mistérios. Por exemplo: Hoje é segunda feira e é dia dos mistérios gozosos. Então eu começo com o credo, o Pai Nosso, as três ave marias e finalizo com outro pai nosso. Essa é a introdução e ainda não medito nos mistérios. Se quiser ver a ordem das orações, veja ilustração clicando aqui
Agora, sim, vou pras primeiras dez contas da Ave Maria e o primeiro mistério é “anunciação do anjo à Maria”. Então, durante essas dez contas eu meditarei só na anunciação. Depois rezarei um “Glória ao Pai” e vou para o segundo mistério em mais um trecho de dez contas. E faço isso até terminar o Terço e os cinco mistérios do dia.
Importante
O importante mesmo é reviver com sentimento esses momentos durante a meditação do terço e imaginar as cenas com todos os detalhes. Por exemplo, no primeiro mistério, quando o anjo apareceu a Maria: Como estava vestido? Tinha luz? Qual foi a fisionomia de Maria? Se assustou? Como ela reagiu? O que ela sentiu?
Outro exemplo: Durante o mistério da perda do menino Jesus em Jerusalém, tente sentir um pouco da sensação do desespero de Maria e José. Tente ver a cena. Veja eles perguntando para as pessoas, andando ofegantes no meio da multidão e sinta com eles o alívio de encontrá-lo no templo.
Todos esses elementos enriquecem a cena e a meditação. É como se estivéssemos lá, vivendo com Maria esses grandes momentos. E ao perceber o sentimento deles, seja de amor, dor ou aflição, é como se sentíssemos nós e esse é o objetivo porque engrandece nossa devoção.
E assim vamos revivendo a história de Cristo, vivendo com Ele, se alegrando e sofrendo junto Dele e de Maria. Como em um sonho, a mente não separa o que é imaginação e o que não é. Durante o sonho vivemos aquela realidade sem saber que é um sonho. Pois devemos nos aprimorar nas contemplações até vivermos os passos de Cristo como se fosse a nossa realidade.
Pouco a pouco seremos introduzidos na história de Deus e faremos parte dela. Mas precisamos nos dedicar, aprimorar e aprofundar nossa atenção. O terço é o mais importante instrumento da prática espiritual e não deve ser negligenciado, subestimado e nem feito às pressas ou de forma despretensiosa. Temos que estar presentes, atentos, alertas e esperançosos de entrar misticamente no enredo divino e que nosso coração possa se purificar mais a cada dia para que possamos, um dia, termos momentos de êxtase, amor, ternura e outros sentimentos divinos.
Boas meditações!